O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que existam mais de 200 milhões de cabeças de gado no Brasil. Isso é quase um gado por habitante.
Com números expressivos e em constante crescimento, o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne bovina do mundo. Entretanto, com cerca de 40% da produção bovina concentrada na região amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, a pecuária - e o desmatamento associado à atividade - estão no centro do debate sobre as consequências da emergência climática para o Brasil.
Criada em 2019 por iniciativa do Imaflora, em parceria com o Ministério Público Federal, o Boi na Linha reconhece a complexidade do setor e busca acelerar a implementação dos compromissos assumidos pela cadeia bovina na Amazônia e incentivar uma cadeia livre de irregularidades socioambientais.
O caminho desde o gado criado em milhões de fazendas brasileiras até a chegada da carne na mesa do consumidor envolve uma extensa cadeia produtiva. Neste caminho, os compromissos da cadeia da carne bovina são centrais.
Com suas iniciativas, o Boi na Linha busca colocar na mesma página produtores de gado, frigoríficos, supermercados, investidores, atores públicos e organizações da sociedade civil. O objetivo do centro é promover boas práticas por meio de monitoramento, auditoria e relatórios de processos e ferramentas, aumentando a transparência na busca de uma cadeia bovina livre de desmatamento, trabalho escravo ou invasão de terras públicas.
O programa também colabora com a produção e compartilhamento de conhecimento técnico, com a finalidade de estimular a criação de políticas e procedimentos para uma pecuária responsável. Acompanhe e participe do Boi na Linha.
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em 1995 sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de manejo e à gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer a diferença nas regiões em que atua, criando modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em diferentes municípios, regiões e biomas do país.
Marina Piatto é diretora-executiva do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). Desde 2005, ela faz parte da organização, em que começou como gerente de clima e cadeias agropecuárias. Agrônoma pela USP e mestre em Agricultura Tropical pela Universidade de Bonn, da Alemanha, Marina é a estrategista sênior para cadeias de valor agropecuárias responsáveis.
Gerente da Área de Cadeias Agropecuárias. Eduardo é engenheiro agrônomo com MBA em agronegócios. Trabalha no Imaflora desde 2002, em projetos de agricultura e territoriais. Seu trabalho envolve iniciativas conectadas às melhores práticas agrícolas, conservação ambiental e direitos humanos. Também está envolvido em projetos relacionados à agricultura de baixo carbono, cadeias de suprimento sustentáveis e restauração produtiva.
Engenheiro agrônomo, trabalha no Imaflora desde 2009 com certificação agrícola, monitoramento do uso da terra, rastreabilidade e desenvolvimento rural. Como Coordenador de Projetos, seu objetivo é aumentar a transparência e credibilidade de cadeias de suprimentos através da implementação de boas práticas agrícolas, conservação ambiental e salvaguardas sociais.
Isabel é bacharel em Comunicação Social e doutora em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo. Trabalha no Imaflora desde 2017, com o desenvolvimento de sistemas de verificação e certificação para os setores florestal e agrícola (soja e carne bovina). Também está envolvida em estudos sobre capital natural e condições para possibilitar paisagens sustentáveis nas regiões da Amazônia e do Cerrado. É auditor social e membro do FSC, trabalhando com questões de gênero e povos indígenas.
Trabalha como Coordenadora de Projetos de Cadeias Agropecuárias no Imaflora, onde lidera agendas relacionadas à eliminação do desmatamento e da violação de direitos humanos nas cadeias da pecuária e grãos. Atua há 16 anos na agenda de socioambiental, com larga experiência na interlocução entre sociedade civil, iniciativa privada e setor público. É Engenheira Agrônoma pela ESALQ/USP, com Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural pela UFSCar/Embrapa e Doutorado em Ciências pela ESALQ/SP.
Pesquisadora sênior em governança, sustentabilidade e desenvolvimento rural. É graduada em Biologia, com Doutorado em Energia pela Universidade Federal do ABC; fez estágio de doutoramento em Administração Pública e Política da Universidade de Wageningen, na Holanda (2012), e Pós-Doutorado na Universidade de Liverpool, na Inglaterra (2015). Atualmente, é pesquisadora e consultora do Imaflora em Cadeias Agropecuárias e do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
Atua como coordenador de projetos no Imaflora desde 2022, liderando a iniciativa Trase (inteligência para o comércio sustentável) no Brasil e outros países da América do Sul. É pesquisador, bacharel em relações internacionais pela PUC-Rio com especialização em políticas públicas, mestre (MSc) em ciências e política ambiental pela UniversityCollege Dublin, e doutor (PhD) em ciências do uso da terra pela Universidade Católica de Louvain na Bélgica. Atua em temas de política socioambiental e cadeias produtivas do agronegócio desde 2014.
Atuou como coordenador de projetos no Imaflora de 2007 a 2014, em iniciativas nacionais e internacionais. De 2015 a 2018, atuou na área de sustentabilidade na indústria de alimentos de origem animal. Entre 2018 e 2021, fundou duas 2 startups na área de alimentos e bebidas. Regressou ao Imaflora em 2021, atuando na construção de acordos multistakeholders em torno da temática ESG. É engenheiro agrônomo e instrutor de artes marciais.
Jornalista, construiu a carreira em projetos de Comunicação Digital.Trabalhou também com assessoria de imprensa, na coordenação de comunicação de projetos de diferentes segmentos e na gestão de programas de relacionamento com influenciadores digitais.Já foi editora de um portal para o Terceiro Setor e atuou em outras iniciativas de organizações da sociedade civil.